Para estabelecimentos de Prudente, baixo percentual não promove valor significativo, pensando na cifra reajustada pelas refinarias
THIAGO MORELLO – Da Redação • 24/07/2018 09:45:00
Recentemente, a Petrobras anunciou a redução de 0,94% no preço da gasolina comercializada pelas refinarias sob o domínio da empresa. No entanto, em avaliação ao cenário, estabelecimentos de Presidente Prudente afirmam que o valor praticado não acompanha o repasse feito pelas próprias refinarias diretamente aos postos. Sendo assim, o valor pago pelo litro do combustível, por eles, pouco sofre alteração, o que impede um repasse imediato ao consumidor.
Com a alteração, a cifra pelo litro de gasolina por parte das refinarias vai de R$ 1,9611 para R$ 1,9426, a partir de hoje. Na ponta do lápis, isso quer dizer que não muda nem R$ 0,02 de um preço para o outro. Pensando nisso e usando a mesma base de cálculo, o proprietário do Auto Posto Aviação, José Maria Fernandes, afirma a redução de quase 1%, mas lembra que “é difícil repassar isso aos consumidores, uma vez que ele mesmo não sente alteração”.
À reportagem, José Maria explica que tal percentual promove realmente uma redução entre R$ 0,02 e R$ 0,03, sendo assim, esse valor acaba “ficando no caminho” até chegar diretamente aos postos. “Quando sobe ou abaixa numa equivalência dessa, nem há reajuste nas bombas. Por exemplo, o R$ 0,01 já fica com o frete, que está defasado. Então, a gente não consegue praticar um preço mais alternativo, porque o que pagamos acaba sendo o mesmo”, pondera.
Por fim, o empresário comenta sobre o cenário atual, pois o consumidor realmente “fica mais em cima” hoje em dia, acompanhando os valores praticados nas bombas. “Eu também tenho acompanhado o mercado. É legal dizer que quando se trata de aumento, também absorvemos e não há repasse para os consumidores. Isso só é feito, seja para mais ou para menos, caso o valor da alteração supere R$ 0,10”.
Por sua vez, o proprietário do Posto Rio 400, Edson Goló Kishibe, conta que “não consegue fazer o repasse diário”, pois é difícil efetuá-lo com a sequência de altas e baixas. “Então, existe essa redução prevista para amanhã [hoje], mas é impossível repassar”, completa.
De modo geral, Edson analisa que, desde o fim da greve, os preços ficaram congelados, e, de lá pra cá, estiveram praticamente normais. “Daqui para frente é preciso ver como vai ficar a situação, principalmente com a virada do mês. É válido lembrar que estamos num ano político e ficando cada vez mais próximos do período propriamente eleitoral”, pontua.
SAIBA MAIS
Conforme exposto do site da Petrobras, tal preço pago pelas refinarias no litro da gasolina é o valor mais baixo desde o fim do mês de junho, para ser mais preciso, no dia 29. Na época, a cifra chegou a R$ 1,9262. De lá pra cá houve apenas quedas, como pode ser conferido no site da empresa: http://www.petrobras.com.br
Fonte:imparcial.com.br