Levi diz que tem receio de não conseguir se identificar com alguma área. Foto: José Reis

Curso de Psicologia da Unoeste desenvolve ação voltada ao auxílio de jovens e adultos acerca de dúvidas sobre escolha profissional

IZABELLY FERNANDES – Especial para O Imparcial • 09/09/2018 

 

Escolher uma carreira ou uma profissão para a maior parte da vida não é algo fácil. Isso se torna mais complicado em relação aos jovens, que se sentem na obrigação de tomar uma decisão tão difícil como esta com tão pouca idade. Isso é também é comum em adultos que, muitas vezes, se veem insatisfeitos na carreira já começada, mas possuem certo receio para mudar de caminho. Visando auxiliar nestas situações, o curso de Psicologia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), de Presidente Prudente, está desenvolvendo um serviço de extensão à comunidade com Orientação Profissional e de Carreira, em modalidades individuais ou em grupo. O projeto visa atender cerca de 80 pacientes até o final do ano.

Com inscrições abertas durante todo o semestre letivo, o serviço visa amparar e auxiliar jovens e adultos no momento de escolha da vida profissional. De acordo com um dos professores responsáveis do projeto, Vinicius dos Santos Oliveira, as sessões ajudam o indivíduo a refletir a respeito das escolhas, levando em conta um projeto de vida de maneira geral. “Estamos vivendo uma fase em que existem muitas profissões, mas há pouco momento de reflexão sobre elas. Por isso, nosso objetivo é contribuir para as pessoas saibam mais sobre cada uma e tomem uma decisão consciente sobre o futuro”, explica.

O serviço consiste em seis a oito sessões, de forma individual ou em grupo, por meio de atividades de autoconhecimento e informações sobre o mercado de trabalho e sobre as diversas profissões. “Fazemos a pessoa entender quais são os seus interesses e qual a relação com determinadas carreiras”, afirma Vinicius. As sessões ocorrem semanalmente, com duração de 50 minutos. “As sessões semiestruturadas possibilitam o esclarecimento de dúvidas, já que a dificuldade surge devido ao não conhecimento ou ilusão a respeito do curso”, declara o professor.

Para ele, os indivíduos estão sujeitos às principais pressões, como familiares ou escolares. No entanto, a social acaba se tornando a mais “pesada”, pelo sentido de obrigação que em determinada idade já se deva saber do que gosta e assuma uma posição sobre o futuro. “Isso acaba ocasionando muitos danos e sofrimento para o adolescente e também para o adulto que se sente indeciso”, esclarece.

O jovem Levi Gomes dos Santos, 18 anos, lembra que desde que terminou o ensino médio, encontra dificuldades para “se encontrar” em uma carreira. O adolescente conta que já iniciou o curso de Análise de Desenvolvimento de Sistemas, mas não conseguiu se identificar com a formação. “Por mais que eu goste da área de tecnologia, eu vi que aquilo não era pra mim”. Levi explica que possui certo receio de não conseguir se identificar com algo que realmente goste. “Penso em tentar engenharia elétrica agora, acredito que dessa vez eu consiga descobrir o que eu gosto”, afirma.

SERVIÇO

A orientação é aberta a toda a comunidade e de maneira gratuita. Os atendimentos funcionam de segunda, quarta e quinta, das 8h às 20h; de terça e sexta, das 8h às 18h; e, aos sábados, das 7h30 às 12h, e são realizados na Clínica Escola de Psicologia, localizada no Campus II da Unoeste. Os agendamentos podem ser feitos pelo telefone 3229-2061 ou pelo e-mail clinicapsico@unoeste.br. O jovem ou adulto entrará em uma lista de espera e dentro de duas semanas já será chamado para o início das sessões.