O corpo do brasileiro Amândio Oliveira da Silva Júnior, de 44 anos, será velado, a partir das 17h30 no horário local (13h30 no horário de Brasília) desta terça-feira (5), na Capela de Nossa Senhora da Conceição, na região de Quarteira, em Portugal. Ele foi assassinado por asfixia após sofrer um golpe de mata-leão em uma briga de trânsito, no último dia 28, quando voltava da praia.

Na quarta-feira (6), a partir das 10h no horário local (6h no horário de Brasília), haverá uma missa de corpo presente no mesmo local.

Amândio era natural de Presidente Epitácio (SP), município localizado no interior do Estado de São Paulo, e vivia em Portugal havia seis anos, onde morava com o amigo Ricardo Jorge Silva.

Ricardo disse, nesta segunda-feira (4), que ainda não tem uma previsão para o translado do corpo de Amândio para o Brasil.

O crime

Ricardo explicou que Amândio quis ir até a praia e, ao retornar para a casa durante a noite, foi surpreendido pela violência de um motociclista que transitava em alta velocidade no local.

“Ele foi com o Rafael, que é um amigo nosso, mais a filha do Rafael. Estiveram lá a tarde toda e, no final do dia, como moramos do lado da praia, vinham subindo e junto à passadeira [faixa de pedestre], o Rafael e a filha passaram primeiro, e o Juninho ia passar em seguida. Quando o Juninho foi passar, um rapaz de moto vinha com muita velocidade, e o Juninho chamou a atenção do rapaz. Ele parou a moto, desceu, deu logo um soco e um mata leão”, relatou Ricardo.

Em seguida, Amândio pediu ajuda ao amigo Rafael, que tentou socorrê-lo.

“O Rafael acudiu o Juninho, tirou o rapaz de cima dele e o Juninho já não conseguia respirar direito. Rafael deu um soco no rapaz, que apagou, e ele foi socorrer o Juninho. Ele não estava conseguindo respirar, entretanto, ligaram para mim, eu estava longe, mas vim, ainda ajudei a socorrer ele, que não conseguia respirar”, contou Ricardo.

Morreu nos braços do amigo

Ainda conforme Ricardo, o resgate português demorou cerca de 40 minutos para chegar no local, mas já era tarde. Com dificuldade para respirar, o brasileiro, de 44 anos, morreu nos braços do amigo.

“O Inem [Instituto Nacional de Emergência Médica] veio muito tarde, o auxílio da parte da GNR [Guarda Nacional Republicana] foi tarde. Ele levou mais de 40 minutos para ser auxiliado por alguém, ele não conseguia respirar. Estava com ele no meu colo e a GNR só veio prestar os primeiros socorros quando ele já tinha apagado nos meus braços, quando ele já tinha falecido. Ele morreu nos meus braços.”, relatou Ricardo.

O português ainda conta que a confusão aconteceu por volta das 20h30, e a vítima faleceu às 21h20. O corpo foi retirado do local à 1h da madrugada do último dia 29.

O acusado de ter cometido o crime ficou desacordado após brigar com o amigo de Amândio e precisou ser socorrido até um hospital. Em seguida, ele foi preso e apresentado à Justiça portuguesa.

“Hoje [dia 30 de agosto] o consulado brasileiro me ligou e disse que o processo já estava instaurado no tribunal de Loulé”, disse Ricardo.

Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou em nota oficial enviada, por meio do Consulado Geral do Brasil no Faro, vem prestando assistência consular aos familiares do brasileiro falecido, além de manter interlocução sobre o caso com as autoridades policiais portuguesas competentes.

 

Fonte: G1 Presidente Prudente

Foto: Cedida