A alopecia androgenética (calvície) atinge 50% dos homens ou mais, dos quais 30% têm a idade média de 30 anos e a ocorrência de forma prematura começa aos 17 anos. Situação motivadora de estudos científicos em toda parte do mundo, com alguns poucos avaliando comparativamente a eficácia de recursos terapêuticos estéticos, como a fotobioestimulação, em relação ao uso de medicamentos.

Em Presidente Prudente, acaba de tornar público o resultado de pesquisa sobre outras publicações (revisão sistemática) que, mediante o método estatístico metanálise, encontrou resultado semelhante entre os tratamentos, com leve tendência dos recursos terapêuticos estéticos apresentarem mais efetividade. Porém, há necessidade de estudos metodologicamente mais precisos.

A ampla pesquisa foi conduzida pela esteticista com mestrado em visagismo e comunicação da imagem pessoal, Joandele Cristina da Silva Barcelos, que fez o seu primeiro mestrado em Barcelona, na Espanha.

A egressa do curso de Estética e Cosméstica na Unoeste atua como professora na graduação e pós-graduação na mesma instituição.

Ampla base de dados

A pesquisa que resultou na obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde teve como fonte a busca em bases de dados em mais de 800 artigos científicos, dos quais foram extraídos 635 pelo título e destes 56 obtiveram leitura do texto completo para a seleção de 4, sendo 2 com análise qualitativa e 2 com análise quantitativa.

Estudos realizados de 2015 a 2020, com 173 participantes homens, no Brasil, Irã (dois) e Tailândia. Os recursos terapêuticos estéticos dos referidos estudos, além da fotobioestimulação, compreenderam loções fitoterápicas e óleos essenciais vegetais.

O medicamento utilizado pelos participantes dos estudos foi o Minoxidil, um dos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA); agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

Medicamentos para tratamento da calvície podem causar efeitos colaterais, tais como: sudorese, risco de disfunção sexual, frequência cardíaca, dificuldade respiratória, ganho de peso e descamação do couro cabeludo.

A associação de recursos terapêuticos estéticos seria a alternativa e poderia ser também a escolha do tratamento.

Daí a importância de estudos comparativos, mas com mais rigor metodológico, pois a literatura científica ainda não confirma se a associação de recursos estéticos é superior ao medicamento, para que se possa declarar de maneira mais segura a sua efetividade; conforme a orientadora da pesquisa que resultou na dissertação com o título “Efetividade da associação de recursos terapêuticos estéticos comparado ao uso de medicamentos para o tratamento de alopecia androgenética padrão masculino”.

 

Fonte: Portal Prudentino

Foto: Getty Images