Da Redação
Em 22/04/2020 às 17:46
Após participar de uma reunião do Comitê de Contingenciamento do Coronavírus, nesta quarta-feira (22), o prefeito Nelson Bugalho (PSDB) promete editar um novo decreto atenuando as restrições das atividades econômicas para parte do comércio. Porém, shoppings, galerias, academias e igrejas estarão fora da lista de contemplados.
A medida foi discutida com representantes da sociedade civil. “Não falamos em flexibilização, mas de uma interpretação conjugada de um decreto federal e de outro estadual para incluir mais algumas atividades havidas como essenciais pelo documento federal ou uma norma genérica aos serviços tidos como não essenciais”, diz.
Bugalho defende que, se adotadas restrições de ordem higiênica, não há motivo para não permitir o atendimento individual presencial. “Como, por exemplo, o comerciante ou prestador de serviço utilizar máscaras e exigir que o cliente também utilize”.
Ele reforça que a intenção é que as novas regras valham para todos os serviços não essenciais, com exceção das academias, templos religiosos e atividades econômicas desenvolvidas em shoppings e galerias.
Pode mudar de ideia
Dessa forma, o prefeito salienta que continuará acompanhando o comportamento das pessoas e, caso não haja obediência às novas regras, o decreto previsto para ser publicado nesta quinta (23) poderá ser revogado a qualquer momento.
“A ideia é que a atividade econômica do município se movimente minimamente para que não fique totalmente parada. Entretanto, o erro de alguns evidentemente prejudicará todos. Terá de haver colaboração dos comerciantes e prestadores de serviços, mas, sobretudo, dos clientes”, frisa Bugalho.
Estudo sobre uso de máscaras
Presente na reunião, o médico infectologista Alexandre Portelinha apresentou dados sobre o uso de máscaras. Segundo ele, existe um trabalho que aponta que se a pessoa com Covid-19 estiver conversando com outra pessoa em uma distância considerável, as chances de contágio são de 80%. Caso somente o doente esteja usando máscara, o percentual diminui para 20%. Se ambas as pessoas estiveram utilizando, o risco cai para 1,5%.
“Existem pequenos países que tiveram muito pouco ou quase nenhum caso de coronavírus, porque as pessoas já tinham a cultura do uso de máscara, o que passará a ser um hábito daqui para frente”, complementa Portelinha.
Fonte: www.portalprudentino.com.br