Ocorrências de óbitos fetais, infantis ou de mulheres em idade fértil foram abertas no Sistema de Informação sobre Mortalidade
GABRIEL BUOSI – Da Redação • 23/07/2018 16:01:00
A VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), desde 2015, registrou o total de 12.217 mortes no município de Presidente Prudente e, após abastecer os dados junto ao SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), que é um sistema federal, precisou investigar neste período o total de 899 mortes fetais, infantis ou de mulheres em idade fértil. Conforme a diretora da VEM, Elaine Bertacco, a investigação dos óbitos ocorre em um período de 120 dias, sendo que o trabalho é realizado no sentido de evitar novos casos e acompanhar a situação no município. Apenas em 2018, em Presidente Prudente, até o dia 20 de julho de 2018, 136 ocorrências de investigações foram abertas.
De acordo com a VEM, os números analisados separadamente por ano são: 239 ocorrências em 2015, 265 no ano seguinte, que caíram para 259 no ano passado e chegaram, até o dia 20 de julho de 2018, a 136 investigações abertas de mortes fetais, infantis ou mulheres com idade fértil junto ao sistema, totalizando 899 desde 2015. “Os dados de mortes fetais, no entanto, podem ser ainda maiores, uma vez que só temos acesso aos números que nos são informados e há casos, por exemplo, de abortos espontâneos, que ocorrem em casa e não são repassados aos órgãos”, salienta. A investigação individual ocorre no prazo de 120 dias por parte das equipes, para então o fornecimento ao sistema.
Segundo Elaine, a contabilização das mortes ocorre em todo o país e sempre é feita pelas vigilâncias, uma vez que o sistema federal faz parte do Ministério da Saúde e da Secretaria de Vigilância em Saúde. A diretora lembra que para o sucesso na obtenção dos dados, é necessária a coleta de declarações de óbitos por parte de funcionários da VEM, duas vezes por semana, que se deslocam a todos os hospitais do município, cartórios, IML (Instituto Médico Legal) e entidades como o Lar São Rafael, que abriga idosos.
“Notificamos no sistema todas as mortes que ocorrem no município, mas precisamos investigar, neste caso, apenas aquelas que estão ligadas aos fetos, crianças e mulheres em idade fértil, de 10 a 49 anos. Esse é um protocolo nacional estipulado pelo Sistema de Informação de Mortalidade”, esclarece a diretora. Questionada sobre as principais causas de mortes, Elaine lembra que não há como elencar os principais fatores, visto que os casos são tratados de forma individual.
Justamente sobre o abastecimento dos dados, a VEM, em parceria com o GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica), será premiada no próximo dia 31, ano na Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), fato que para Elaine é um reconhecimento motivador para toda a equipe. “Isso mostra que não temos tantas inconsistências nos dados fornecidos e resulta em um trabalho muito importante e de prevenção, já que as avaliações de cada caso auxiliam, inclusive, na prevenção dessas mortes”. A premiação se dá pelo abastecimento de dados nos anos de 2015 e 2016.
Fonte:imparcial.com.br