ROGÉRIO MATIVE
Em 14/07/2021 às 17:04
Em edição extra do Diário Oficial Eletrônico (DOE), foi publicada na tarde desta quarta-feira (14) a exoneração da então secretária municipal de Educação de Presidente Prudente, Sonaira Fortunato. Servidora efetiva, ela é investigada por suposta falsificação de diplomas e, agora, pode ter sua curta carreira como servidora encerrada.
Atualmente, o Ministério Público Estadual (MPE-SP) acompanha o caso por meio de inquérito civil instaurado nesta semana. Sonaira também era alvo de processo administrativo aberto pela Prefeitura após o recebimento de denúncia.
Formada em Educação Física pela Unesp, em 2007, Sonaira Fortunato foi nomeada professora de ensino fundamental II no último concurso realizado pelo município. No currículo, consta que é mestre em Educação pela Unimep, especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Uninove, especialista em Gestão Educacional pela Unicamp.
Também consta que é especialista no Uso de Tecnologias Educacionais para a Educação em Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e especialista em Educação Física Inclusiva na Universidade Estadual de Londrina (UEL).
O motivo
De acordo com a denúncia, Sonaira Fortunato não conta com certificado de mestrado pela Unimep. Para o MPE-SP, ela pode ter utilizado do expediente para obter progressão funcional na Secretaria Municipal de Educação e, assim, conquistando aumento salarial.
Esta é a segunda exoneração do alto escalação formado na gestão de Ed Thomas (PSB).
Pode levar exoneração “dupla”
Em nota, a Prefeitura de Prudente informa que Sonaira Fortunato argumentou que “colocou o cargo à disposição para que possa se dedicar à defesa em relação às denúncias ligadas às suas titulações acadêmicas, as quais motivaram a instauração de uma sindicância na Secretaria Municipal de Administração”.
“Cabe lembrar que, tão logo teve conhecimento da denúncia ofertada envolvendo Sonaira Fortunato, por ela ser servidora efetiva do município, ocupando o cargo de professora, determinou a instauração de sindicância, expediente que busca identificar indícios de autoria e materialidade de eventual irregularidade funcional, seja por ação ou omissão, que possa ser passível de conversão em PAD – Processo Administrativo Disciplinar e por consequência penalização de servidor, se for o caso”, cita a Prefeitura.
O processo segue em andamento junto à Comissão de Processo Disciplinar e tem o prazo de até 30 dias para sua finalização.
Quem assume
A Seduc será comandada por Francisca Maria Chagas, de forma interina. Ela responde atualmente pela assessoria da Pasta.
*Atualizada às 17h23 para acréscimo de nota enviada pela Prefeitura de Prudente
Fonte: www.portalprudentino.com.br