Para as pessoas que estão trabalhando de casa, a dica é estabelecer uma rotina bem definida, com horários semelhantes ao do trabalho externo (Foto: Ilustração/AI)

Informativo Oeste Saúde

Em 13/05/2020 às 15:57

Preocupada com a saúde mental da população nestes dias de distanciamento social, a Oeste Saúde promoveu uma live com a psicóloga clínica Zilda Rodrigues. A profissional começou o bate-papo trazendo as definições de ansiedade, um sentimento que tem perturbado muitas pessoas nos últimos dias.

Segundo a psicóloga, trata-se de uma preocupação excessiva. Zilda explicou que o problema se inicia quando esse sentimento nos impede de realizar nossas tarefas e compromissos.

“Não há problema em ter receios. No momento atual, muitos se perguntam se vão perder o emprego, e isso é normal. O problema começa quando essa preocupação torna-se excessiva. Você fica o tempo todo pensando a respeito disso”.

Tipos de ansiedade

De acordo com a psicóloga, o problema pode se manifestar de diferentes formas.

Ansiedade generalizada: caracteriza-se pela angústia, medo, preocupação excessiva, boca seca, dor de cabeça, falta de ar, náusea, pensamento constante, tremedeira, inquietação, irritabilidade, falta de concentração e insônia.

Transtorno de pânico: a pessoa sente como se estivesse tendo um ataque cardíaco, com palpitação, dores no peito, sufocamento, tontura, confusão mental, medo de morrer e de perder o controle. Também é conhecido como síndrome do pânico.

Transtorno de pânico e agorafobia: a pessoa tem medo de sair de casa, de multidões, locais muito abertos e também de viajar. Apresenta quadros de depressão, obsessão e fobia social. Ela começa a se isolar, deixando de comparecer a compromissos importantes.

Ataque de pânico: geralmente, tem um início agudo (sem motivo aparente), e torna-se uma experiência aterrorizante. O indivíduo sente falta de ar, desconforto torácico, náusea, tontura, formigamento, ondas de frio e calor e uma sensação de morte.

De acordo com a profissional, é preciso descartar problemas físicos, para depois então pensar na questão psicológica e buscar um tratamento para ansiedade.

Driblando a ansiedade durante o distanciamento social

Como podemos transformar o isolamento social em algo positivo? A primeira dica da psicóloga Zilda é usar esse tempo para estreitar laços com as pessoas que vivem na mesma casa que você, como os cônjuges, pais e filhos: “Esta é uma ótima oportunidade de fortalecer os vínculos familiares. A aproximação virtual também pode ser uma forma de aprimorar a comunicação com pessoas que estamos em falta.”

A profissional ainda ressalta que precisamos enxergar a atual situação sob uma nova perspectiva: “É hora de repensar nossa existência e rever nossos valores. O que é mais importante para nós? Hoje o consumismo não faz muito sentido; precisamos valorizar as pequenas coisas.”

Para driblar o transtorno de ansiedade, também podemos usar a criatividade e desenvolver aqueles planos e projetos que sempre deixamos para depois. É importante ocupar bem o nosso tempo para nos sentir produtivos.

E quanto ao home office?

Para as pessoas que estão trabalhando de casa, a dica é estabelecer uma rotina bem definida, com horários semelhantes ao do trabalho externo. Vale a pena tomar um bom café da manhã, um banho e vestir-se como se fosse para a empresa. Faça as mesmas pausas para o lanche e refeições, e defina o horário de encerrar o expediente. Tudo isso ajuda a nos organizarmos internamente.

Ataque de pânico – como reagir?

De acordo com a profissional, a primeira coisa que se deve pensar é que aquela sensação ruim passar, e não pode ocasionar a morte. Ela orienta a focar em uma respiração lenta e relaxada, olhando para o relógio. Todo ataque tem um pico, então saiba que ele vai diminuir até sumir por completo.

A psicóloga Zilda deu outras dicas: “Tenha hábitos saudáveis, consuma alimentos que rebaixam ansiedade, tenha contato com a natureza e utilize técnicas de relaxamento. E não se esqueça de que existe um futuro. O isolamento é temporário”.

Se ainda assim você estiver se sentindo mal, é essencial procurar ajuda profissional, seja de um psicoterapeuta ou um psiquiatra. E esqueça os preconceitos! Saber pedir ajuda é fundamental.

Você pode agendar uma consulta no Centro Médico de Especialidades da Oeste Saúde pelo telefone (18) 3300-0100

Fonte: www.portalprudentin.com.br