Um dia antes, na quinta (20), o público pode conhecer um pouco mais sobre os temas da instalação com o curador Fábio Delduque e os responsáveis pelas obras, os artistas Carmo Malacrida, Tile Amato, Fernando Limberger e Eduardo Srur. A conversa ocorre às 20h, na área de convivência do Sesc, com entrada gratuita.
Em “De Quem é Essa Terra?”, a cidade é o tema, o suporte e o lugar fértil onde brotam formas e cores, que por sua vez tem desdobramentos que as transformam em signos e em alegorias criando paisagens artificiais com elementos que remetem a uma nova e crítica realidade.
Da prudentina Carmo Malacrida, a obra “Google Off: Palco da Vida” é um mapa feito com o auxílio de crianças em expedições/vivências por bairros da cidade. Outro artista local, Tile Amato apresenta uma obra composta por quase uma centena de casas de passarinho instaladas nos eucaliptos do bosque da unidade, provocando uma discussão sobre habitação social.
Também são convidados os artistas Fernando Limberger e Eduardo Srur, ambos de São Paulo. O primeiro apresenta a instalação interativa “Praças Plásticas”: piscinas de areia nas quais o público pode entrar e formam estruturas que se conectam com o jardim e as piscinas do Sesc.
Já o “Mercado”, de Srur, é um carrinho de supermercado realista de 3,5 metros de altura enterrado na grama. Através de um ícone do capitalismo, propõe-se uma reflexão sobre consumo e desperdício na sociedade.
Conforme o curador da exposição, o artista Fábio Delduque, a Land Art surgiu, em parte, como contraponto à cultura industrial da Pop Art. “Uma grande novidade nas artes plásticas se deu no final dos anos 60, quando alguns artistas que tinham suas obras realizadas no limite entre a escultura e a arquitetura iniciaram um diálogo entre a arte minimalista e conceitual, que se fazia na época com questões ligadas à natureza. Daí surge a Land Art, um tipo de arte em que a paisagem, em vez de ser o tema ou o ambiente onde se insere uma obra de arte, é ela própria parte integrante”, explica.
As exposições de arte acontecem ao ar livre, entre as árvores do bosque da unidade, pelo projeto “Entre Árvores”. A paisagem passa a ser própria integrante da obra, possibilitando novos significados e diálogos com o público.
Até 20 de janeiro de 2019, a exposição fica aberta para a visitação de terça a sexta, das 8h às 19h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h30.