Secretário de Meio Ambiente projeta plantio de 40 mil mudas em PP
ROGÉRIO MATIVE
Em 05/06/2021 às 10:34
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste sábado (5), Presidente Prudente busca a solução de dois antigos problemas para concretizar sua permanência no Programa ‘Município Verde Azul’: a retomada da arborização em larga escala e a regularização do descarte de resíduos sólidos urbanos.
Atualmente, a cidade está na 48ª posição do programa de certificação por meio de elaboração e execução de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e valorização da agenda ambiental dos municípios paulistas.
Prudente Mais Verde
Idealizado pelo vereador Enio Perrone (DEM), em 2014, o programa de arborização urbana ‘Prudente Mais Verde’ será retomado ainda este ano, segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Fernando Luizari. “Todo louvor ao doutor Enio, pois foi a pessoa que trouxe o projeto. E nós vamos concretiza-lo. Nós temos um compromisso de plantio de quase 40 mil mudas. Vamos somar os dois”, revela.
“Nós temos o compromisso de plantio junto à Cetesb [Companhia Ambiental do Estado de São Paulo]. A nossa ideia é iniciar já agora no começo das chuvas. Nesse período seco, estamos nos estruturando para fazer esses plantios. A nossa meta é retomar o ‘Prudente Mais Verde’ e cumprir a meta do prefeito [Ed Thomas, PSB] de 37 mil árvores”, garante.
De acordo com ele, a cidade sofre um déficit de arborização, que pode ser zerado nos próximos anos. “Nesses quatro anos, temos um grande desafio na questão de arborização urbana. A ideia é deixar a cidade arborizada tanto nas áreas públicas como também nas calçadas. A nossa média de plantio é de 15 metros por habitantes e pretendemos chegar a 20 metros por habitante”, explica.
Substituição de árvores
Luizari pretende, em breve, iniciar a substituição de árvores de grande porte plantadas em locais considerados ‘inadequados’. “Vamos começar também um novo projeto, que é a substituição das árvores. Existem muitas inadequadas na cidade causando transtornos aos moradores. A partir do momento que a gente reequilibrar o número de árvores plantadas pelo ‘Prudente Mais Verde’, vamos entrar na substituição, principalmente aquelas na faixa de fiação elétrica”, avisa.
Contudo, promete espécies como a Sibipiruna e Chapéu de Couro em parques e espaços públicos. “São espécies que vão continuar nas praças e jardins e até em alguns lugares da cidade. Tem lugar, mesmo em calçamento, que elas podem ficar. O problema são questões que elas trazem, como a Sibipiruna que apresenta apodrecimento após certo tempo. Elas precisam estar sempre em vistoria para não causar problemas. Mas, aonde for possível, elas vão permanecer”, diz.
“A Chapéu de Couro traz a questão de entupimentos da rede hidráulica, essas devem talvez ficar só nas áreas verdes. Mas, terão os seus espaços”, fala o secretário.
Aterro sanitário
Após vários prazos esticados, o aterro sanitário de Prudente está com seus dias contados. Desde o ano passado, é discutida a sua finalização imediata sob pena de multa. Atualmente, a Prefeitura de Prudente busca discutir uma solução a curto prazo sobre a disponibilização dos resíduos sólidos urbanos com o Ministério Público Estadual (MPE-SP), em audiência marcada pela Justiça para os próximos dias.
“Cada município tem seu dever, sua lição de casa para fazer. Nós temos o nosso, com prazo muito apertado e sabemos das nossas obrigações”, frisa Luizari.
Diante do alto custo para a implantação de um aterro sanitário, mesmo realizada de forma consorciada, a saída a curto prazo pode estar no setor privado. Recentemente, um complexo industrial foi inaugurado em Caiabu, com possibilidade de recebimento de 700 toneladas por dia a partir de 2022.
Para tal, é necessária a realização de licitação. “Toda solução é bem-vinda. É óbvio que as contratações não são fáceis, sendo por meio de licitações. As empresas têm que estar cadastradas e atender a um ritual de exigências. A questão política é tratada com os prefeitos. A possibilidade de ter várias vertentes é muito agradável. Antes, só tinha o Poder Público. Hoje, tem o Poder Público e iniciativa privada em busca de solução”, pontua.
Conforme apuração do Portal, prefeitos que compõem a diretoria do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista (Cisorp) analisam o projeto apresentado pela empresa Transforma Energia, que promete trabalhar com resíduos urbanos, resíduos de construção civil e grandes volumes.
Uma outra alternativa, porém, mais distante, é o aterro particular de Quatá. Contudo, os gastos com o transporte são vistos como empecilho.
Conseguiu tirar do papel
Já as cidades de Pirapozinho, Narandiba e Sandovalina fomentam a implantação de aterro sanitário por meio do Consórcio Intermunicipal do Pontal do Paranapanema (CIPP). Em obras, o local está situado em terrenos de 97 mil metros quadrados às margens da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425).
Para chegar ao atual estágio, foram oito anos de discussões e estruturação do projeto.
Fonte: www.portalprudentino.com.br