Urbanista propõe galerias de retenção para alagamentos no Parque do Povo

Não é de hoje que a região do Parque do Povo, um dos cartões postais de Presidente Prudente, sofre com os alagamentos no período de chuva intensa , como por exemplo, no verão. Assunto discutido exaustivamente nos últimos anos, com direito a ação judicial, ganha uma nova solução para minimizar as inundações que causam danos a moradores e empresários.

Para o arquiteto e urbanista Marcos José Martins da Costa, a implantação de galerias em pontos estratégicos pode ser a saída para o problema crônico visto todos os anos.

Ele ressalta a importância dos dispostivos para reter o excesso de água escoada pela canalização, o que faria a retomada da eficiência do sistema de drenagem do Parque do Povo.

“O Córrego do Veado, que atravessa toda a extensão do Parque do Povo, recebe muita contribuição do volume de água, por outros córregos urbanos e por ser o ponto mais baixo desta bacia. Além disso, a alta urbanização do entorno reduz a infiltração da água no solo e a própria canalização do córrego que não foi planejada de forma correta”, explica.

A medida faz parte de um estudo realizado por ele para o aprofundamento nos aspectos conceituais, sistemas de drenagem urbana e um levantamento histórico do local.

“Realizei diversas análises como o levantamento da bacia hidrográfica do Córrego do Veado, principais córregos ligados à bacia, levantamento topográfico e identificação dos principais pontos de concentração de água para a implantação das galerias de retenção”, completa.

A proposta está inserida no “Projeto de Reestruturação do Sistema de Drenagem do Parque do Povo de Presidente Prudente”, apresentado durante Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na Toledo Centro Universitário de Prudente.

Os detalhes foram discutidos em reunião com membros da Associação Amigos do Parque do Povo, nessa terça-feira (10).

No encontro, estiveram presentes a reitora da Toledo Prudente, Zelly Machado, a coordenadora dos cursos de Engenharia e Arquitetura e Urbanismo, Júlia Guimarães, os diretores da associação, Rubens Afonso, Ricardo Codonho, Antônio João Batista e Ricardo Trigo, além do presidente da entidade, Belmiro D’Arci.

Custa caro

Recentemente, o prefeito Ed Thomas (sem partido) revelou que estudos iniciais apontam a necessidade de um aporte de R$ 70 milhões para a realização de obras no Parque do Povo, sendo que o município não conta com tal valor no momento.

O assunto é tema de ação judicial proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE-SP) em 2017.

Fonte: www.portalprudentino.com.br