Da Redação

Em 15/06/2021 às 15:52

Estudantes chegaram a zombar do animal | Reprodução/Redes Sociais

 

A Polícia Militar Ambiental e a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) revelam que já identificaram parte dos estudantes envolvidos em castração de cães realizada em uma república e publicadas nas redes sociais em tom de zombaria. O ato de maus tratos foi enquadrado como “covarde”. Os animais resgatados estão sob cuidados da ONG Beco da Esperança.

O crime, que pode culminar em prisão de dois a cinco anos, foi registrado na noite dessa segunda-feira (14). O resgate dos animais ocorreu após denúncia de maus tratos realizados em uma residência de alunos localizada no Jardim Vale do Sol.

A cirurgia improvisada no animal foi publicada em rede social, o que gerou grande comoção e um abaixo-assinado com mais de 23 mil assinaturas pedindo a expulsão dos estudantes do curso de Medicina Veterinária.

Estudantes chegaram a zombar do animal | Reprodução/Redes Sociais

Quando os policiais chegaram um dos cães ainda está sedado e com sutura nas proximidades do órgão genital. Foram localizados materiais utilizados na castração como luvas cirúrgicas, gazes, embalagens com agulhas e uma lata de lixo o testículo do animal. 

“Eles filmaram de maneira que zombam até do animal, do sofrimento que causam. Isso configura maus-tratos. Covardemente, eles fugiram do local, mas a Polícia Ambiental já elaborou o auto de infração e a Polícia Civil através de inquérito apura a responsabilidade de cada um deles”, diz o comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar Ambiental, capitão Julio César Cacciari.

Já identificados

De acordo com a Unoeste, parte dos envolvidos já foi identificada. Apesar do ato ter ocorrido fora da instituição, medidas punitivas são discutidas com relação aos estudantes.

“Desde o momento que a universidade foi informada sobre o caso, na noite desta segunda-feira [14], gestores da instituição juntamente com os departamentos jurídico e de segurança estão em contato com as autoridades policiais e em reuniões para definir as medidas cabíveis com relação aos estudantes identificados”, diz, em nota. 

A Unoeste afirma que repudia atitudes que colocam em risco a saúde mental e física de qualquer ser vivo. “Inclusive a universidade é referência no atendimento a animais de pequeno e grande porte na região, com diversas prestações de serviço gratuitos e programas sociais em benefícios dos animais”, pontua.

Agora, a instituição aguarda confirmação das autoridades policiais que cuidam do caso quanto aos demais envolvidos. 

Cão precisou passar por cirurgia

De acordo com a ONG Beco da Esperança, o cão sofreu novo procedimento cirúrgico devido a coágulos formados em decorrência da castração feita pelos estudantes.

Agora, está medicado e passa bem. Após se recuperar, o animal irá para adoção responsável.

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