Da Redação
Em 03/03/2021 às 14:42
Até dezembro, o Ministério da Saúde financiava cerca de 60% dos leitos de UTI em todo o país, mas esse número caiu para cerca de 15% este ano (Foto: Arquivo/AI)
Com hospitais superlotados e decisão judicial desfavorável, o Ministério da Saúde autorizou o financiamento de 3.201 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para pacientes com covid-19. A medida beneficia cidades próximas, mas exclui o Oeste Paulista em quase toda sua parte.
Dos 150 municípios espalhados em 22 Estados, cinco estão em um raio de 100 quilômetros de Presidente Prudente: Assis, Paraguaçu Paulista, Osvaldo Cruz, Adamantina e Tupã. Todos estão inseridos no Departamento Regional de Saúde (DRS-9) de Marília.
Ao todo, essas cidades contarão com aporte de R$ 2.256.000,00 para a manutenção de 22 leitos de UTI referentes ao mês de fevereiro e 25 que foram autorizados ainda em janeiro.
Pela portaria, as solicitações de autorização de leitos, que terão caráter excepcional e temporário, devem ser encaminhadas por meio do Sistema de Apoio à Implementação de Políticas em Saúde (SAIPS). Entre outros documentos, os municípios atendidos devem assegurar a existência de um respirador por leito, equipamentos e recursos humanos necessários para as internações.
Até dezembro, o Ministério da Saúde financiava cerca de 60% dos leitos de UTI em todo o país, mas esse número caiu para cerca de 15% este ano, por causa do fim da vigência do estado de calamidade pública, que permitia a transferência de recursos ao Estados além do orçamento regular.
São seis leitos na Santa Casa de Osvaldo Cruz, cinco na Santa Casa de Paraguaçu, seis no Hospital Regional de Assis, cinco na Santa Casa de Adamantina, além de 15 vagas na Santa Casa de Tupã e outras 10 na Santa Casa de Assis.
E Prudente?
Nesta quarta-feira (3), após comunicar a expansão da fase vermelha para todo o Estado de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) prometeu a abertura de 500 novos leitos para o combate à pandemia. Destes, 339 são de UTI e outros 161 de enfermaria em hospitais estaduais, municipais e vinculados ao SUS, como Santas Casas e serviços filantrópicos.
Na lista, foram destacadas as regiões de Presidente Prudente, Marília, Araçatuba, Araraquara, Piracicaba, Grande São Paulo, Campinas e Litoral Norte. “A finalidade é garantir atendimento aos pacientes graves e fortalecer a rede em regiões que apresentam elevação das taxas de ocupação”, disse.
Os leitos serão ativados gradualmente a partir do dia 8 de março. Contudo, não foi realizado o detalhamento das vagas que serão abertas em cada região.
Cabe lembrar que 10 novos leitos de UTI prometidos pelo Estado ainda em janeiro para o Hospital Regional de Prudente não foram ativados até o momento.
Monitoramento constante
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, a expansão é fruto do mapeamento e análise técnica das capacidades estruturais de cada hospital, aliado ao monitoramento do cenário da Covid-19 no território.
“Estamos monitorando diariamente a situação nas regiões e em todo o Estado para reforçar a rede hospitalar para enfrentar o recrudescimento da pandemia. Para fortalecer o SUS paulista decidimos ampliar os leitos para continuar garantindo assistência a todos que precisarem”, afirma.
No período pré-pandemia, o SUS contava com 3,5 mil leitos de UTI no Estado de São Paulo. Com a mobilização de todos os gestores públicos, será possível passar para mais de 8,8 mil leitos do tipo, segundo ele.
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