Exposição resgata história da Revolução Constitucionalista de 1932 e participação de prudentinos no conflito

A exposição resgata dois fatos históricos importantes para o Estado de São Paulo, o centenário de Presidente Prudente e os 85 anos da revolução. De um lado, a fundação da cidade alavancou o desenvolvimento da região do Oeste Paulista e, por outro lado, um movimento cívico-militar que objetivava o restabelecimento da democracia no Brasil, que fora prejudicada pelo golpe de estado de Getúlio Vargas, em 1930.

No ano de 1932, Presidente Prudente completava 15 anos de fundação. Tendo São Paulo se levantado em prol da justiça e da liberdade, a cidade atendeu prontamente ao chamado e formou o seu batalhão de voluntários.

O comando do Batalhão Prudentino coube ao Coronel Miguel Brisola de Oliveira e, em pouco tempo, já dispunha em suas fileiras de mais de mil homens. Eram voluntários da cidade, da zona rural e dos diversos vilarejos da vizinhança.

Formado o Batalhão Constitucionalista de Presidente Prudente, seus combatentes seguiram para a região de Ourinhos, onde defenderam o Estado de São Paulo contra as forças ditatoriais às margens do Rio Paranapanema.

Naquela região estratégica, na divisa com o Estado do Paraná, o Batalhão Prudentino combateu, com bravura e destemor, o inimigo que dispunha de superioridade numérica e também bélica.

Durante estes combates, valorosos prudentinos perderam suas vidas, oferecidas no altar da liberdade. Muitos deles eram jovens, como os tenentes Nicolau Maffei e Casemiro Dias, que demonstraram extrema bravura, o que lhes rendeu a admiração e o respeito do inimigo que os sepultaram com honras militares, como testemunharam outros brasileiros apenas separados pelas trincheiras.

Presidente Prudente possui uma ligação íntima com a epopeia constitucionalista. Os primeiros mártires a tombarem pela causa legalista, no dia 23 de maio de 1932, na Praça da República, em São Paulo, durante uma manifestação pacífica em prol da constituição foram Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, que originaram a sigla símbolo da resistência, MMDC. Camargo era morador de Presidente Prudente.

Superada a fase da luta armada, Prudente honrou seus heróis. A praça em frente à Catedral de São Sebastião, no Centro, foi denominada “Nove de Julho” e ruas principais da cidade receberam o nome dos heróis de 1932, como a Rua Tenente Nicolau Maffei, a rua Tenente Casemiro Dias e a Rua Sargento Firmino Leão, além do fato de o Coronel Brisola ter sido imortalizado no Parque de Uso Múltiplo, que recebeu seu nome. Estas homenagens representam um pleito de gratidão diante da marca de heroísmo perpetuada na história da cidade.